Estou sofrendo dor crônica? Diferenças entre a dor crônica e a aguda

Estou sofrendo dor crônica? Diferenças entre a dor crônica e a aguda

Carmen tem 75 anos. Toda noite, uma dor intensa em todo seu corpo a acorda por volta das 2h da manhã. Não consegue mais dormir. Pega no sono já quando o dia está amanhecendo, em seguida o despertador toca e tem que levantar.
Parece uma história conhecida?

Felipe tem só 38 anos, mas vive algo parecido. Desde que se machucou jogando futebol, passa a maior parte da noite acordado, com uma dor nas costas muito forte. Já tentou diferentes tipos de terapias mas a dor não passa. Soa familiar?

Apesar de estarem sofrendo de dores com causas diferentes, Carmen e Felipe podem ter a mesma doença: dor crônica. A dor é um sinal do seu corpo que diz que algo não está bem.

Em condições normais, a dor desaparece quando a causa se resolve. Porém, quando você tem dor crônica, seu corpo continua sofrendo mesmo depois de muito tempo que você teve a lesão. Geralmente, os médicos consideram como crônica a dor que dura mais de 3 meses.

Neste artigo você encontrará:

Diferenças entre dor aguda e crônica
¿O que é dor crônica? Sintomas
Causas da dor crônica
Consequências da dor crônica
¿Como se diagnostica a dor crônica?
¿Como tratar a dor crônica?
A cannabis medicinal no combate à dor crônica

Diferenças entre dor aguda e dor crônica

Quando você sofre uma lesão, os sensores de dor localizados nessa área são ativados. Esses sensores enviam um sinal elétrico ao seu cérebro. Seu cérebro processa o sinal e envia a mensagem de que algo está errado.

A dor aguda desaparece quando a causa da dor é resolvida. Com a dor crônica, os sinais nervosos continuam disparando mesmo depois que a causa inicial da dor já cicatrizou.

A dor crônica persiste por longos períodos e é resistente à maioria dos tratamentos médicos, causando sérios problemas.

¿O que é dor crônica? Quais os sintomas?

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A dor crônica pode variar de leve a grave, ser contínua ou intermitente. Ela também pode se manifestar de diferentes maneiras, como latejante, ardente, rígida, etc. Às vezes a dor acompanha outros sintomas que podem incluir:

Cansaço
Perda de apetite
Problemas para dormir
Alterações de humor
Fraqueza
Irritabilidade, ansiedade ou depressão

Causas da dor crônica

A dor crônica pode começar sem nenhuma causa óbvia. Em pessoas idosas, como Carmenza, as condições que acompanham o envelhecimento normal podem afetar os ossos e as articulações, causando o problema. A artrite reumatóide, osteoartrite e fibromialgia são doenças bem conhecidas, que geralmente afetam pessoas com mais de 60 anos.

Mas para muitas pessoas, a dor crônica começa após uma lesão, como é o caso de Felipe. Outras causas comuns incluem:

– Danos aos nervos
– Lesões que não cicatrizam adequadamente
– Cirurgias passadas
– Problemas nas costas
– Enxaquecas e outras dores de cabeça
– Doenças como câncer, esclerose múltipla, úlceras estomacais, AIDS e doença da vesícula biliar.

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Consequências da dor nas costas

O cansaço, a perda de apetite e os problemas para dormir gerados para pela dor crônica elevam os níveis de estresse, o que pode afetar sua rotina e sua saúde mental. O estresse pode fazer que a dor seja mais forte, criando um ciclo.

Quando você se machuca ou adoece, é mais provável que se sinta deprimido. Isso também pode piorar sua dor. O vínculo entre a depressão e a dor é o motivo pelo qual os médicos às vezes usam antidepressivos como tratamento para a dor crônica.

¿Como diagnosticar a dor crônica?

[Imagen o ilustración referente a análisis sanguíneo o exámenes de diagnóstico en general]
Para obter um diagnóstico preciso de dor crônica, você provavelmente terá que se encontrar com seu médico várias vezes e fazer vários exames.
Normalmente, os médicos investigam o que mais podem para encontrar a causa exata da dor. Fazem parte da investigação:

Monitoramento da dor: seu médico pode pedir para você fazer um relato dos momentos em que sentiu dor, o nível, os fatores que influenciaram para piorá-la ou melhorá-la, etc.

Análise psicológico: é normal que o seu médico pergunte como você se sente ou se teve depressão ou ansiedade. Não se preocupe, não há nada de estranho ou ruim nessas perguntas. A dor crônica e a depressão estão relacionadas e é importante que seu médico entenda exatamente o que está acontecendo com você.

Exames físicos e neurológicos: sua estrutura física pode ser a razão para sua dor, portanto, seu médico pode pedir exames para investigar suas articulações, sua postura ou qualquer problema físico.

Um exame neurológico completo também pode ser solicitado para verificar seus reflexos, qualquer dificuldade sensorial, como formigamento ou dormência, e avaliar sua coordenação e equilíbrio.

– Exame de sangue: um exame de sangue pode ser necessário para descartar outras doenças que possam estar contribuindo para a dor crônica.

Alguns distúrbios autoimunes, como artrite reumatoide ou lúpus, podem ser detectados por meio de um exame de sangue. Outras vezes, deficiências ou outras condições crônicas (como diabetes) podem ser as culpadas.

– Imagens de diagnóstico e exames de nervos: seu médico pode solicitar radiografias e ressonâncias magnéticas, que podem revelar danos aos ossos e tecidos subjacentes.

Tratamentos: muito além dos comprimidos para dor

Vencer a dor crônica pode ser bastante desafiador, mas você conseguirá. Se você está sentindo uma dor que não melhora, consulte seu médico.

Uma vez que o problema seja diagnosticado, ele te indicará algumas opções de tratamento: medicamentos, terapia física, meditação, acupuntura e mudanças no seu estilo de vida, como deixar de fumar.

A cannabis medicinal no combate à dor crônica

A cannabis, também conhecida como maconha ou cânhamo, entre muitos outros nomes, é uma planta da família Cannabaceae. A Organização Mundial da Saúde (OMS) admite seus amplos benefícios terapêuticos e sugere que ela não seja vista apenas como uma planta detentora de substância psicoativa.
Atualmente, um dos principais usos da cannabis medicinal é o tratamento para o controle da dor crônica. A planta tem mais de 100 canabinóides, ou ingredientes ativos, que estão em maior ou menor proporção, dependendo da variedade. Os mais comuns são o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC).

Tanto o CBD quanto o THC atuam no sistema de proteção mais importante do corpo, o sistema endocanabinoide, que garante que as funções do corpo sejam adequadamente auto-reguladas. Este sistema desempenha um papel fundamental no controle da dor. Acredita-se que o THC e o CBD, juntamente com outros canabinoides, terpenos e compostos flavonoides, tenham efeitos sinérgicos que promovem o alívio da dor.

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