Opções para o tratamento do câncer

Opções para o tratamento do câncer

Receber um diagnóstico de câncer é um desafio difícil de enfrentar, tanto para o próprio paciente quanto para sua família e amigos próximos. Se você está enfrentando essa situação, é provável que tenha muitas dúvidas.

Uma das melhores maneiras de se sentir no controle da situação é pesquisar o máximo possível sobre os tratamentos existentes e o que se pode esperar deles. Conhecer as formas alternativas de tratamento, além das mais conhecidas, também ajuda muito a ampliar o entendimento sobre a doença.

O ideal é que você e o seu médico encontrem o tratamento mais adequado para o seu tipo de câncer, levando em consideração a área e a extensão do tumor.

Em geral, existem alguns tratamentos que funcionam para diferentes tipos de câncer. Aqui agrupamos os mais comuns e outros que talvez você não conheça

Leia com atenção e esclareça suas dúvidas.

Leia também:

Cirurgia

Eventualmente todas as pessoas diagnosticadas com câncer terão que fazer algum tipo de cirurgia. O objetivo principal é extrair tumores, tecidos ou áreas com células cancerígenas.

A cirurgia também é um recurso para que os médicos possam diagnosticar a doença ou averiguar qual sua gravidade.

Se o câncer não se espalhou, a cirurgia é a melhor oportunidade de acabar com o problema. Junto com a operação tradicional, os médicos também podem utilizar outros recursos para combater o câncer, como:

Cirurgia a laser

Utiliza rayos de luz de alta intensidad para reducir o vaporizar las células cancerosas. Se utiliza para tratar muchos tipos de cáncer.

Eletrocirurgia

Ao aplicar correntes elétricas de alta frequência, busca-se matar as células cancerígenas.

Criocirurgia

Um material muito frio é usado, como um aerossol de nitrogênio líquido ou uma sonda fria, para congelar e destruir células cancerígenas ou células que podem se tornar cancerígenas.

Cirurgia de Mohs

Útil para remover o câncer de certas áreas sensíveis da pele, como próximo ao olho, e para avaliar a profundidade do câncer, este método de cirurgia consiste em remover cuidadosamente o câncer, camada por camada, com um bisturi.

Cirurgia laparoscópica

Através de várias incisões pequenas, se insere uma câmera e ferramentas cirúrgicas no corpo. O cirurgião observa um monitor que projeta o que a câmera vê dentro do corpo.
As menores incisões significam uma recuperação mais rápida e um menor risco de complicações.

Cirurgia robótica

O cirurgião usa controles manuais que dizem a um robô como manobrar ferramentas cirúrgicas para realizar a operação.

Quimioterapia

É um dos tratamentos mais comuns para o câncer. Utiliza certos medicamentos para matar as células cancerígenas ou para evitar que cresçam e se espalhem a outras partes do corpo.

É feita uma combinação de tratamentos, pode ser indicada sozinha ou com cirurgia e radioterapia. Também podem ser formulados outros tipos de medicamentos contra o câncer, junto com a quimioterapia.

Estes medicamentos têm duas vias de administração: oral (comprimidos) ou intravenoso (aplicado por injeções).

Em alguns casos é necessário ir a uma clínica ou hospital para obter os medicamentos via intravenosa, o que os médicos chamam de infusão.

Dependendo do tipo de câncer e de sua gravidade, as doses serão diárias, semanais ou mensais. Para ajudar o corpo a recuperar a força e a desenvolver novas células saudáveis, o médico indicará se é melhor tomar umas semanas e logo fazer uma pausa.

Pode ser uma combinação de medicamentos ou somente um, de acordo com:

  • Seu tipo de câncer
  • Se você já teve câncer antes
  • Se você tem outros problemas de saúde como diabetes ou doença cardíaca, renal ou hepática.

Medicamentos usados na quimioterapia

Há dezenas de medicamentos usados para quimioterapia. Eles estão divididos segundo sua forma de atuação e seus componentes. Cada grupo de medicamentos destrói ou reduz as células cancerígenas de uma maneira diferente.

Agentes alquilantes

Como atuam? Danificam o DNA das células cancerígenas para evitar que façam mais cópias de si mesmas.
O que tratam? Muitos diferentes tipos de câncer, como leucemia, linfoma, doença de Hodgkin, mieloma múltiplo e sarcoma, assim como o câncer de mama, de pulmão e de ovário.
Quais são? Ciclofosfamida, melfalano, temozolomida, carboplatina, cisplatina ou o oxaliplatina.

 

Antimetabólitos

Como atuam? Interferem no metabolismo normal das células, o que faz com que ele deixem de crescer.
O que tratam? Frequentemente usados para tratar a leucemia e o câncer de seio, de ovário e de intestino.
Quais são?  5-fluorouracilo, 6-mercaptopurina, citarabina, gemcitabina y metotrexato, entre muitos outros.

Antraciclina

Como atuam? Atacam as enzimas do DNA das células cancerígenas que fazem com que se dividam e cresçam.
O que tratam? Funcionan para muitos tipos de câncer.
Quais são? Actinomicina-D, bleomicina, daunorubicina y doxorrubicina, entre outros.

Inibidores mitóticos

Como atuam? Impedem que as células cancerígenas façam mais cópias de si mesmas. Também podem impedir que o corpo produza as proteínas que as células cancerígenas necessitam para crescer.
O que tratam? Podem ser receitados para o câncer de mama e de pulmão e para os tipos de mieloma, leucemia e linfoma.
Quais são? Docetaxel, estramustina, paclitaxel e vinblastina.

Inibidores da topoisomerase

Como atuam? Atacam as enzimas que ajudam as células cancerígenas a se dividir e crescer.
O que tratam? Alguns tipos de leucemia e câncer de pulmão, ovários e intestino, entre outros.
Quais são? Etopósido, irinotecano, teniposido e topotecan.

Esteroides

Como atuam? Atuam como hormônios do corpo.
O que tratam? São úteis para tratar a inflamação e podem evitar as náuseas e os vômitos depois de uma rodada de quimioterapia. Também podem prevenir as reações alérgicas a alguns medicamentos.
Quais são? Prednisona, metilprednisolona e dexametasona.

Os efeitos colaterais variam de pessoa a pessoa, inclusive se elas têm o mesmo tipo de câncer e recebem o mesmo tratamento. Alguns dos problemas mais comuns são:

  • Fadiga
  • Vômito
  • Náusea
  • Diarreia
  • Perda de cabelo
  • Úlceras na boca
  • Dor

Radiação

Este tratamento utiliza partículas ou ondas de alta energia para destruir ou danificar as células cancerígenas para evitar que se propaguem. Pode ser iniciada como um tratamento único, o que pode ser combinado com a cirurgia ou a quimioterapia.

A radiação em si não é dolorosa, mas logo pode gerar dor, fadiga e erupções na pele ao redor do lugar onde se recebeu o tratamento.

Os efeitos colaterais dependem da área do câncer. Por exemplo, se a radiação é recebida na cabeça ou no pescoço, pode ressecar a boca.

Terapia dirigida

São usados medicamentos ou outras substâncias que bloqueiam o crescimento e a propagação do câncer ao interferir com moléculas específicas (objetivos moleculares específicos”) que estão envolvidos no crescimento, progresso e propagação do câncer.

As terapias dirigidas contra o câncer às vezes se chamam “medicamentos dirigidos molecularmente”, “terapias dirigidas molecularmente”, “medicamentos de precisão” ou nomes parecidos.

As terapias dirigidas diferem da quimioterapia padrão em várias formas:

  • Atuam sobre os objetivos moleculares específicos que estão associados ao câncer, enquanto a maioria das quimioterapias atuam sobre todas as células normais e cancerígenas que se dividem rapidamente. 
  • São escolhidas ou desenhadas deliberadamente para atuar com seu objetivo, enquanto que muitas quimioterapias matam as células. 
  • As terapias dirigidas frequentemente são citostáticas (bloqueiam a proliferação de células tumorais), enquanto os agentes da quimioterapia padrão são citotóxicos (matam as células tumorais).

Atualmente, grande parte das pesquisas para o desenvolvimento de fármacos contra o câncer tem o foco nas terapias dirigidas. Elas são uma pedra fundamental da medicina de precisão, uma forma de medicamento que utiliza informação sobre os genes e as proteínas de uma pessoa para prevenir, diagnosticar e tratar doenças.

Muitas terapias dirigidas contra o câncer estão sendo aprovadas pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), órgão oficial do governo dos Estados Unidos. Outras estão sendo estudadas em ensaios clínicos (estudos de investigação com pessoas) e muitas mais estão em provas pré-clínicas (estudos de investigação com animais).

Imunoterapia ou terapia biológica

O câncer começa quando uma célula do corpo se desfaz. Os investigadores esperam que o tratamento de imunoterapia aproveite o poder das defesas naturais do corpo para combater as células cancerígenas, como se fosse um gérmen, um vírus ou uma alergia.

Na imunoterapia um pouco da doença é injetado para que o próprio organismo ative suas defesas naturais e seja cada vez mais imune ao câncer. O objetivo é fortalecer as defesas, ajudando o sistema imunológico a reconhecer e destruir as células cancerígenas.

Tipos de imunoterapia contra o câncer

Inibidores de ponto de controle

Estimulam o sistema imunológico para que responda com mais força ao tumor. Basicamente, os pesquisadores eliminam as células T (glóbulos brancos do sistema imunológico) de um tumor e em seguida determinam quais são as que combatem o crescimento. Depois se modificam geneticamente os genes destas células para que sejam mais fortes e as devolvem ao sistema através de uma injeção intravenosa.

Transferência adotiva celular

Tenta aumentar a capacidade natural das células T para lutar contra o câncer. Este tratamento às vezes é usado para tratar a leucemia linfoblástica aguda em crianças e adultos jovens e também certos tipos de linfoma de células B em adultos que não melhoraram com outros tratamentos.

Vacinas de tratamento ou preventivas

Trabalham com uma substância chamada antígeno, que dá um empurrão ao sistema imunológico. Uma vacina preventiva contra o câncer é usada contra o vírus do papiloma humano (HPV). Este vírus causa o câncer cervical, anal e outros tipos.

As vacinas de tratamento tentam ajudar as células T a detectar e destruir alguns tipos de câncer específicos. Também podem ser utilizadas para aumentar a quantidade de anticorpos (células que destroem os invasores) no sistema.

Terapia hormonal

A terapia hormonal consiste em tomar medicamentos que mudam a forma com que certos hormônios funcionam ou interferem com a capacidade do corpo de produzi-los.

Quando os hormônios desempenham um papel importante, como ocorre com o câncer de próstata e de mama, este é um tratamento comum.

Transplante de células-tronco

Pode ser especialmente benéfico para as pessoas com câncer relacionados com o sangue, como a leucemia ou o linfoma.

Implica na eliminação de células, como glóbulos vermelhos ou brancos, que a quimioterapia ou a radiação destruíram. Os técnicos de laboratório fortalecem as células e as devolvem ao corpo.

Você tem algum conhecido ou familiar que precisa de tratamento? Envie seus dados a marketing@ecopharm.ca e receba mais informação sobre o tema.