O que é epilepsia, suas causas, tratamentos e muito mais…

O que é epilepsia, suas causas, tratamentos e muito mais…

A epilepsia não é uma condição mental ou uma doença psiquiátrica, é um transtorno do cérebro que provoca convulsões frequentes e afeta o sistema nervoso central. Gera ataques inesperados e espontâneos, causados por um grupo de neurônios (células do cérebro) que produzem descargas elétricas sem controle.

Tipos de epilepsia

As crises se classificam em dois grupos:

Crises epilépticas generalizadas primárias

Se originam em um só ponto do cérebro, mas conectam de imediato com outras regiões em ambos hemisférios, o que permite generalizar sua ação em várias porções corporais.

Crises focais (parciais)

Se originam pela ativação de uma região específica em um só hemisfério cerebral, sem que se disseminem a outras áreas encefálicas. Diferente das convulsões generalizadas, o paciente está consciente.

Causas da epilepsia

Identificar a causa das crises pode ser útil ao decidir sobre um plano de tratamento. Entretanto, não é possível identificar a causa em mais de 70% das pessoas que sofrem deste mal.

Segundo a idade, as causas da epilepsia variam, além disso é possível que as crises apareçam em uma certa etapa da vida e em seguida deixem de se apresentar. Estas são algumas possíveis causas da epilepsia:

  • Diabetes, alcoolismo ou doenças de outros órgãos, como fígado e rins
  • Herança genética
  • Problemas antes do nascimento que afetam o crescimento do cérebro
  • Problemas durante o parto, como lesão cerebral
  • Lesões na cabeça, especialmente acidentes de carro
  • Tumores cerebrais
  • Infecções no cérebro, como meningite ou encefalite
  • Doenças que danificam ou destroem o tecido cerebral
  • Hemorragia cerebral (formação de um coágulo sanguíneo no interior do cérebro)
  • Envenenamento por chumbo ou exposição a outros elementos tóxicos, como mercúrio, monóxido de carbono, etc.

 

Como se diagnostica?

Para conseguir diagnosticar a epilepsia é necessário realizar:

  • Questionário médico
  • Exploração física detalhada
  • Análises de sangue
  • Eletroencefalograma (mostra a atividade elétrica anormal do cérebro em alguma área)
  • Ressonância magnética nuclear (RMN) ou tomografia axial computadorizada (CAT)

Tratamento da epilepsia

Os avanços nos tratamentos têm permitido isolar algumas causas e controlar a intensidade ou o número de repetições das crises. É fundamental que um neurologista trate a doença e aconselhe sobre o melhor procedimento a seguir em cada caso.

Medicamentos

A maioria dos pacientes com epilepsia pode deixar de apresentar crises ou diminuir a frequência e intensidade delas ao tomar medicamentos anticonvulsivos ou antiepilépticos. O médico considerará a doença, a frequência das convulsões, a idade e outros fatores ao escolher qual medicamento receitar.

 

Cirurgia

Como complemento aos medicamentos, especialmente quando eles não fornecem controle adequado das convulsões, a cirurgia pode ser uma opção. Na cirurgia, a parte do cérebro que causa convulsões é removida.

Esta é uma opção de tratamento apenas se:
as convulsões se originam em uma área pequena e bem definida do cérebro.
a área do cérebro que será operada não interfere em funções vitais, como fala, linguagem, função motora, visão ou audição.

Dieta cetogênica

É uma dieta rigorosa que contém grandes quantidades de gorduras e poucos carboidratos. O corpo usa gorduras em vez de carboidratos para produzir energia. É necessário consultar o médico sobre a aplicação desta dieta para não sofrer desnutrição.

Estimulação do nervo vago

O nervo vago ou pneumogástrico é um nervo craniano responsável por transmitir informações relacionadas à atividade sensorial e muscular, bem como às funções anatômicas. Um dispositivo é implantado sob a pele do peito, semelhante a um marca-passo. Os eletrodos do estimulador estão conectados ao nervo vago do pescoço. Com a aplicação deste estimulador, alguns pacientes podem reduzir a dose dos medicamentos que consomem.

Tratamentos alternativos para a epilepsia

Existem terapias complementares que são usadas para ajudar no tratamento da epilepsia. É necessário sempre consultar o médico responsável antes de iniciar um destes tratamentos.

Treinamento autógeno

Esta é uma técnica de relaxamento parecida à auto-hipnose. São sessões rápidas de aproximadamente 20 minutos, nas quais se combina a imaginação visual, técnicas de respiração apropriadas e auto instruções que são relaxantes.

Massagens

Mediante a manipulação suave dos músculos e dos tecidos conectivos se produz relaxamento, se alivia a tensão muscular e se reduz o estresse.

Meditação

O que se busca é aumentar a consciência do paciente, reduzir o estresse e ajudá-lo a experimentar “o momento presente” mediante técnicas de respiração e desligar a mente dos pensamentos.

Musicoterapia

A exposição a seleções de música com diversas sequências de tons altos e baixos pode afetar as ondas cerebrais e as reações físicas no corpo e no cérebro.

Ioga

Usando posições corporais únicas e exercícios de respiração consciente, se consegue o relaxamento e a liberação do estresse.

Cannabis no tratamento da epilepsia*

O cannabidiol (CBD), o componente não psicoativo da cannabis, reduz as crises em um percentual significativo. Além disso, melhora o aspecto emocional do paciente, seu nível cognitivo e motor, e também sua vida social.

*Sempre confirme se é legalmente permitido usar cannabis ou seus derivados em seu país ou região.

Quer receber mais informação sobre epilepsia e os tratamentos complementares derivados da cannabis? Inscreva-se aqui.

 

Tags: