5 tratamentos alternativos para Alzheimer

5 tratamentos alternativos para Alzheimer

O Alzheimer é um transtorno das capacidades cognitivas que gera alterações no comportamento e diminuição da autonomia de quem sofre do mal. Se você tem uma pessoa próxima que recentemente foi diagnosticada, tenha em conta que existem terapias alternativas aos medicamentos convencionais.

Informar-se é o primeiro passo

O interesse em ajudar uma pessoa querida geralmente é o motor para buscar a melhor e mais aprofundada informação possível sobre essa doença. É aconselhável que esta busca seja realizada em sites reconhecidos como os de associações médicas ou fundações.

Geralmente os sintomas começam a aparecer em pessoas maiores de 65 anos. Alguns sinais comuns na etapa inicial são:

  • Lapsos de memória que dificultam o dia a dia (esquecer informação recentemente aprendida, datas ou eventos importantes).
  • Dificuldade para resolver problemas (seguir uma receita conhecida ou lidar com as contas mensais).
  • Perda da noção de tempo e lugar (confundir-se sobre as estações do ano, a passagem do tempo, não lembrar como chegou ali ou não saber onde está).
  • Dificuldade para avaliar distâncias, determinar cores ou perceber contrastes (problemas visuais que não são causados pelo envelhecimento normal).
  • Problemas para acompanhar ou participar de uma conversa (não lembrar o que estava dizendo, repetir muitas vezes a mesma coisa, não encontrar a palavra).
  • Diminuição ou falta de senso comum ou cuidado pessoal (tomar decisões equivocadas, deixar de lado os cuidados pessoais).
  • Perda de iniciativa para atuar em atividades (profissionais ou pessoais)
  • Mudanças de personalidade (parecer confuso, desconfiado, deprimido, temeroso, ansioso ou ficar irritado facilmente).

O que pode ajudar?

  1. Acompanhamento médico
  2. Manter a atividade (física e mental)
  3. Informação e apoio

Lembre-se que muitos destes sintomas são normais com o avanço da idade, mas se tornam um sinal de alerta quando passam a ser muito frequentes. Além de se informar, é importante também procurar orientação neste processo. Existem grupos de apoio que sem dúvida serão de grande ajuda em momentos difíceis.

Mais sobre tratamentos para Alzheimer:

As três fases do Alzheimer

Tratamentos alternativos para Alzheimer

Ainda não existe cura para este mal, por outro lado o uso de medicamentos combinado a tratamentos complementares pode retardar o avanço dos sintomas por algum tempo e melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem da doença e seus cuidadores.

1. Terapia cognitiva

São técnicas que pretendem otimizar e melhorar o funcionamento do processo de pensamento através da realização de exercícios, práticas e atividades concretas. Na etapa inicial da doença, a estimulação é mais eficaz:

  • Realizar atividades simples que ajudem na ativação mental.
  • Trabalhar a orientação temporal, espacial e pessoal de uma forma que o paciente possa situar-se o tempo todo, saiba onde está e quem está ao seu redor.
  • Realização de exercícios que estimulem a memória (jogos de repetições, lembrar o passado).
  • Exercícios de cálculo para reforçar a memória
  • Usar o raciocínio lógico básico
  • Leitura e redação (ler, realizar ditados, fazer um diário, etc.)

Mais sobre tratamentos para Alzheimer:

– 5 exercícios mentais para melhorar a memória de pacientes com Alzheimer

2. Fisioterapia

Na medida do possível, implementar exercícios e atividades físicas ajuda a frear a deterioração motora, conservando a máxima autonomia do paciente. Estas são algumas atividades realizadas na fisioterapia:

  • Subir e descer escadas
  • Subir e descer rampas
  • Caminhar em barras paralelas (equipamentos usados em algumas terapias de reabilitação motora) e, sempre que possível, com obstáculos
  • Bicicleta ergométrica
  • Circuitos com aros, obstáculos, etc
  • Jogos com bola, bastões etc
  • Exercícios com pesos
  • Trabalhos manuais que incluam bolas pequenas, amarrar cordões, abotoar e desabotoar, abrir e fechar zíperes etc
  • Reconhecimento de objetos e suas funções (interruptores, maçanetas de portas, etc)
  • Estimulação sensorial com objetos de diferentes texturas, cores e temperaturas

3. Terapia com música (musicoterapia)


As técnicas que se empregam nas sessões de musicoterapia vão desde a escuta ao canto terapêutico, chegando a poder brincar com instrumentos musicais.

Esta terapia ajuda a diminuir os períodos de agitação do paciente. Escutar música produz segurança, identidade e ajuda a lembrar. Estas são algumas recomendações:

  • A música ao vivo gera melhores resultados.
  • A música gravada tem a vantagem de poder repetir a canção quantas vezes o paciente quiser e a qualquer momento.
  • Participar na música é muito mais interativo (cantar, cantar em grupo ou tocar um instrumento).
  • Sempre observar como o paciente reage à música e parar imediatamente caso se note que ele está sendo afetado negativamente.
  • Utilizar os tipos de música que o paciente gostava antigamente ou gêneros que eram populares quando ele era adolescente.
  • Não utilizar música dissonante, frenética ou com volume muito alto.

4. Terapia com animais

Um animal de companhia pode aportar a um paciente com Alzheimer muitos benefícios como a melhora da sua saúde mental, capacidade de relacionar-se e percepção de sua saúde, principalmente na etapa inicial da doença.

Estas são algumas das características necessárias para conseguir os melhores efeitos:

  • Pode ser qualquer animal doméstico, porém, recomenda-se o uso de cachorros treinados para apoio emocional.
  • O contato deve ser supervisionado
  • Incentivar o paciente para que seja o cuidador do animal por um dia e que se encarregue de alimentá-lo, de conversar e de sair para passear com ele.

5. Terapia com cannabis medicinal


Estudos recentes evidenciam a eficácia do uso do cannabidiol (CBD), componente medicinal da cannabis, no controle de alguns sintomas do Alzheimer. É uma alternativa de tratamento natural que está sendo usada em pacientes na etapa inicial.

Estes são alguns benefícios:

  • Estimula a neurogênese, a produção de novas células
  • Alivia a confusão e a agitação do paciente
  • Melhora o ânimo e a qualidade do sono
  • Recupera o apetite

É importante consultar o médico responsável pelo paciente antes de adotar qualquer tratamento complementar. Assim, os esforços para a melhoria da sua pessoa querida estarão alinhados.

A ideia é realizar um tratamento integral que intervenha em vários aspectos da vida do paciente.

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